Vengeful Guardian: Moonrider é o novo projeto do estúdio brasileiro JoyMasher que trabalhou em projetos retrôs anteriores como Oniken, Odallus e Blazing Chrome. O estúdio sabe como trabalhar projetos em 16-bit e trazer a sensação de estarmos ligando o nosso Super Nintendo nos anos 90 e jogando um novo cartucho.
A salvação do povo vem através da lâmina
A história de Vengeful Guardian: Moonrider é simples e traz um contexto interessante na nossa jornada. Os autoritários construíram super soldados para manter a ordem contra o povo que está passando fome por falta de liberdade e alguns rebeldes conseguem acessar online Moonrider, um dos super soldados, e mostrar quem são os verdadeiros vilões. Moonrider se junta aos rebeldes, parte em busca de vingança e vai fatiar quem estiver na sua frente, até mesmo seus companheiros super soldados. Durante a jornada teremos pequenos flashes que mostram mais detalhes.
Um Megaman misturado com Shinobi
Jogos de ninjas em 2D foram bem populares nos anos 90, principalmente no console Mega Drive que tinha o clássico Shinobi e Tartarugas Ninjas. Vengeful Guardian: Moonrider traz a essência de jogos de ninjas, que permite o jogador correr pelo cenário 2D fatiando os inimigos e se esquivando rapidamente.
Moonrider é um ninja cyborg muito habilidoso que pode se tornar mais poderoso durante a jornada. As fases do game são parecidas com a do jogo Megaman, são 7 áreas com duas fases em cada. As áreas trazem desafios diferentes como dentro d’água, no espaço ou na floresta. A primeira fase de cada área traz um Boss secundário e a segunda o desafio principal, um super soldado com habilidades próximas do Moonrider.
Esse é outro ponto que lembra Megaman. Quando derrota o super soldado, Moonrider ganha a habilidade especial do chefe. As habilidades podem ser usadas em inimigos mais poderosos durante a fase, ou contra outros super soldados. Os chefes possuem pontos fracos (igual a Megaman) e, dependendo da habilidade utilizada, os chefes se tornam fáceis de encarar.
Fique bem atento aos cenários
Durante a jornada de Moonrider é possível encontrar módulos de poder que vão facilitar a vida dos jogadores. São cápsulas que ficam bem escondidas nos cenários e vão exigir um pouco mais de exploração para encontrá-las. O jogo permite que Moonrider utilize dois módulos de poder por área. São 12 no total que vão desde ampliar o dano causado pela espada a cada morte dos inimigos, pulo duplo, restaurar um pouco do HP por segundos e ao derrotar um adversário um pouco do MP é recuperado. Fique de olho para não deixar escapar nenhuma.
Vale a pena Vengeful Guardian: Moonrider?
Vengeful Guardian: Moonrider é um jogo muito divertido que faz as lembranças boas dos anos 90 voltarem. As fases são bem elaboradas, a pixel art é muito agradável e o áudio não deixa nada a desejar. Um ponto que poderia ser melhor é o nível de dificuldade dos chefes finais de cada área, eles poderiam ser mais desafiadores. Durante a minha jornada de 3 horas, foram poucos os momentos que passei sufoco com eles.
De maneira geral, Vengeful Guardian: Moonrider mostra que os estúdios brasileiros estão ganhando mais espaço pela qualidade e não deixam nada a desejar em relação a estúdios internacionais. A JoyMasher acerta novamente e já fico na expectativa de novos projetos. Vengeful Guardian: Moonrider é um dos games que começam em 2023 com o pé direito.