Em uma longa reportagem em tom de desabafo sobre a situação atual da Microsoft em seu site Windows Central, Jez Corden também comentou sobre a atual situação da Xbox e os planos da gigante de tecnologia para a sua divisão. Criticando a ambição e os planos de Satya Nadella de trocar qualidade por planos de apenas conseguir muito dinheiro a curto prazo, Jez comentou sobre a sombra que paira sobre a divisão desde a E3 de 2013, quando a reputação da marca foi ferida com algumas decisões ruins sobre o Xbox One.
Ao contrário do setor do Windows Phone, que foi fechado em pouco tempo após Nadella assumir a posição de CEO, o investimento em cima da marca Xbox era grande. Tudo parecia bem com a maior aquisição da história da divisão de games da empresa: a compra da Activision Blizzard. Porém, poucos meses depois, o resultado foi uma série de demissões e estúdios sendo fechados.
De acordo com Jez, a marca passou anos tentando alcançar a concorrência, e quando as coisas estavam indo bem com o sucesso do Game Pass e o Xbox Series S, uma versão mais econômica e de entrada para a atual geração, o corporativismo da Microsoft atrapalhou os planos. Com grandes franquias como Gears of War, Halo e Forza Horizon podendo chegar ao PlayStation a qualquer momento, o apelo em comprar um console da Microsoft corre o risco de morrer.
O jornalista afirma que mais jogos da Xbox estão sendo portados para o console da Sony nesse momento, e que esse planejamento possui o nome interno de “latitude”. Por hora, ele diz que “são jogos óbvios que você provavelmente já esperava”. Existe um debate dentro da Microsoft se isso é uma boa estratégia, e ele ouviu dizer que o plano é que não exista nenhuma “linha vermelha” de quais franquias podem ou não ir para o console rival.
O único objetivo da Microsoft é aumentar os lucros da divisão, e não mantê-la como um console relevante no mercado. Lançar jogos para uma outra plataforma na qual não tem acesso à gratuidade desses jogos no lançamento é uma excelente estratégia para aumentar vendas e, portanto, lucros a curto-prazo. Porém, o quanto isso pode machucar a marca a longo prazo, e se realmente a Microsoft escolherá ser apenas uma publisher “third-party” ainda é uma incógnita.
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