A NetherRealm Studios lançou a primeira expansão de Mortal Kombat 1, intitulada Reina o Kaos. A DLC marca o início do segundo ano de suporte ao jogo e traz novidades como novos lutadores, mapas e a continuação do modo história. Mas será que o conteúdo vale a pena? Vamos destrinchar o que há de bom e de ruim nessa expansão.
Uma história que falha em empolgar
Com o final aberto do jogo base, a nova trama apresenta o Titã Havik invadindo a linha do tempo de Liu Kang para instaurar o caos. A história serve como pano de fundo para a inclusão de novos personagens, introduzindo versões femininas de Cyrax e sua treinadora Sektor, ambas sob o comando de Bi-Han. A ideia de explorar um multiverso parece promissora, mas, infelizmente, a execução deixa a desejar.
Durante cerca de duas horas de campanha, a narrativa se mostra rasa e apressada. Comparada com Aftermath, a expansão de Mortal Kombat 11, Reina o Kaos não consegue criar momentos marcantes, com enfoque em uma história linear que só adiciona personagens sem aprofundá-los. Os problemas que surgem ao longo da jornada são resolvidos de forma superficial e, no fim, tudo culmina em um confronto anticlimático com um chefe final, Havik, que é incrivelmente fácil de derrotar.
Se você pretende adquirir a expansão apenas pelo modo história, vale o aviso: o conteúdo não vai te cativar. A campanha parece ter sido feita para cumprir tabela, sem um desenvolvimento que faça jus à complexidade do universo de Mortal Kombat. O resultado é um enredo que parece ter sido escrito por uma inteligência artificial mais focada em jogar com conceitos de multiverso do que em criar uma trama envolvente.
O grande trunfo: os novos lutadores
Se a história decepciona, a expansão compensa na adição de novos personagens. Reina o Kaos traz seis lutadores ao elenco, sendo três disponíveis já no lançamento: Sektor, Cyrax e Noob Saibot. Já no futuro, teremos nomes de peso como Ghostface, Conan o Bárbaro e o T-1000. Cada um dos personagens possui mecânicas bem trabalhadas e estilos que prometem sacudir o cenário competitivo online.
Sektor e Cyrax, por exemplo, são perfeitos para jogadores que gostam de estratégias complexas. Sektor consegue manipular projéteis e absorver magia para contra-atacar, enquanto Cyrax usa suas bombas para criar armadilhas e controlar o campo de batalha. Já Noob Saibot, com seu alcance médio e golpes que iniciam combos poderosos, é ideal para quem prefere pressionar o oponente a partir de uma distância segura.
Além dos novos lutadores, uma atualização no dia do lançamento também trouxe ajustes importantes para equilibrar personagens já existentes, corrigindo excessos de dano e ajustes de jogabilidade. Isso mostra que a NetherRealm está atenta ao feedback da comunidade e comprometida em refinar a experiência competitiva.
Novos cenários e skins: uma expansão visualmente rica, mas desigual
Reina o Kaos também traz novos cenários, que são sempre bem-vindos para diversificar as arenas de combate. Cada mapa foi meticulosamente desenhado para enriquecer a ambientação do jogo. No entanto, no quesito skins, a qualidade varia bastante. Algumas, como a do Rain Imperador e a do próprio Havik, são interessantes, mas muitas das skins apresentam um visual genérico, com um tema punk que deveria representar o caos, mas acaba parecendo repetitivo e pouco inspirado.
Vale a pena comprar Reina o Kaos?
Essa é a pergunta crucial. Se você busca expandir a experiência single-player e o modo história, o preço de R$ 299,90 (quase o valor do jogo base) é difícil de justificar, dada a superficialidade do enredo. Entretanto, para quem joga online e gosta de competir com novos personagens, Reina o Kaos tem potencial para ser uma excelente adição ao jogo.
Em suma, essa expansão parece voltada mais para manter o interesse dos jogadores do modo competitivo, com novos lutadores que realmente agregam ao meta. Se você se encaixa nesse perfil, Reina o Kaos tem o que você procura. Caso contrário, talvez seja melhor esperar por um desconto ou novas adições que realmente justifiquem o preço.