The First Berserker: Khazan é a mais nova aposta da Nexon, empresa sul-coreana que recentemente ganhou os holofotes ao declarar que o feedback dos jogadores é muito importante para seus produtos e desenvolvedores. E eles não estão de brincadeira, já que um de seus grandes títulos para 2025, The First Berserker, recebeu uma beta fechada para que os jogadores pudessem experimentar. O jogo atraiu diversos espectadores na plataforma Twitch, acumulando mais de 14 mil visitantes diários, um número impressionante para um jogo estreante.
Por se tratar de um souls-like, muitas especulações e expectativas foram rapidamente depositadas sobre o jogo, já que esse estilo particular tem se tornado cada vez mais disputado no mercado, mesmo com cada título trazendo suas distintas particularidades de funcionamento. Será que The First Berserker: Khazan já demonstra ter o suficiente para conquistar seu espaço e seu próprio público? É o que veremos nestas primeiras impressões sobre o jogo.
Gráficos impressionantes e premissa interessante
Quando foi anunciado no The Game Awards 2023, The First Berserker atraiu dois tipos de comentários. O primeiro era de que seria apenas mais um souls-like no mercado, que provavelmente não atrairia tanto público. Já o segundo comentário era o oposto, e, já adianto, o jogo provou não ser só mais um no meio da multidão. Khazan conta com diversas ideias e mecânicas interessantes, além de oferecer uma narrativa um pouco mais direta ao jogador, algo que jogos desse estilo muitas vezes deixam de lado.
O jogo começa com o protagonista, Khazan, sendo levado preso para um local desconhecido. Uma avalanche ocorre, e todos os responsáveis pelo transporte do prisioneiro são gravemente feridos ou até pior. O nosso personagem também não escapa desse destino. No entanto, antes que a vida o abandone, ele é possuído por um espírito maligno e é trazido de volta da linha entre a vida e a morte. Esse é o momento em que assumimos o controle, e já podemos notar a excelente movimentação do personagem, além dos gráficos e efeitos impressionantes.
O sangue se misturando na neve, os rastros sendo deixados para trás, tudo isso em um estilo artístico deslumbrante, que combina elementos 3D com traços delicados, quase como uma pintura. Se há algo que Khazan não deixa a desejar é sua qualidade gráfica. Além disso, os efeitos ao golpear e ser golpeado são visualmente impressionantes. O protagonista também conta com diversas armaduras que podem ser trocadas durante o jogo, e cada uma delas possui detalhes únicos e visuais extremamente elaborados. Desde armaduras de couro até as armaduras de aço, tudo é incrivelmente bem feito.
The First Berserker trás a fúria de um guerreiro
Khazan conta com três armas distintas — esse número pode ou não ser alterado até o lançamento do jogo —, e cada uma delas se comporta de maneira completamente única. A primeira é o conjunto espada e machado, empunhadas simultaneamente, que permitem ataques rápidos e brutais contra os inimigos. A segunda é a espada grande, um clássico em jogos desse estilo; trata-se de uma arma lenta, mas que causa danos impressionantes, sacrificando a velocidade. Por fim, temos a lança, uma arma de longo alcance com velocidade intermediária, ideal para enfrentar grupos de inimigos.
E, falando em inimigos, Khazan apresenta uma impressionante variedade, que vai desde soldados até feras e monstros de diferentes tamanhos e comportamentos, além de oferecer diversas ferramentas para combatê-los. Além de atacar, é possível defender e aparar ataques, bem como utilizar ataques à distância arremessando lanças (javelins) contra oponentes mais distantes. No entanto, essa última opção consome foco, uma espécie de mana de Khazan, que deve ser gerida com cuidado e se recupera à medida que os ataques atingem os inimigos.
O jogo também apresenta uma árvore de habilidades única para cada arma, além das habilidades gerais de Khazan. O método de distribuição de pontos em The First Berserker é bastante generoso, permitindo que o jogador realoque pontos a qualquer momento, sem qualquer tipo de penalidade. Isso incentiva a experimentação, fazendo com que o jogador não se sinta intimidado ao trocar de arma durante a gameplay, o que é, sem dúvida, um ponto extremamente positivo.
Chefes bem trabalhados com mecânicas bem feitas
Agora, entrando um pouco mais a fundo no combate, The First Berserker bebe de fortes inspirações do mercado, como a barra de stamina de Sekiro, o combate mais focado em aparos do que em rolamentos, como em Lies of P, e um sistema que recompensa a agressividade, inspirado em Bloodborne. Todos esses aspectos combinados oferecem um dos combates mais divertidos entre os jogos souls-like recentes, além de uma curva de aprendizado que não é tão íngreme. O jogo recompensa bastante o jogador por aprender e dominar o timing dos aparos dos golpes inimigos, proporcionando recuperação de stamina e golpes poderosos que destroem a barra de vida dos adversários.
O visual dos chefes também impressiona, com o primeiro deles sendo um grande destaque: um yeti enorme com cristais de gelo espalhados pelo corpo, que vai se danificando à medida que você o ataca. As cicatrizes de batalha surgem, e ele começa a sangrar pelos pelos, tornando a experiência visualmente incrível, além de ser muito divertido enfrentá-lo. O que torna tudo ainda melhor é a trilha sonora impressionante do jogo, que é sutil nos momentos adequados e ganha força quando as batalhas mais decisivas se iniciam.
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O maior ponto negativo dessa beta, na verdade, é que o jogo não possui nenhuma localização em PT-BR, o que pode afastar alguns jogadores que desejam aproveitar o conteúdo em sua língua nativa. Mesmo assim, The First Berserker: Khazan deixa impressões extremamente positivas e um gostinho de “quero mais”, além de se tornar oficialmente uma grande promessa para 2025. Sem dúvida, entrou na minha lista de jogos mais aguardados, com expectativas bastante altas para o que o jogo completo trará aos jogadores.